James Joyce em Brasília é um romance cuja história se passa na capital federal, com temas recorrentes da dinâmica da vida na cidade, mostrando a integração de diversas culturas que coexistem nesse espaço urbano.
Trata-se, igualmente, de um trabalho de metalinguagem, com estilo calcado nas pegadas de James Joyce, com referências expressas ou implícitas à obra Ulisses e até, de passagem, a Finnegans Wake, sem, no entanto, constituir paródia nem pastiche.
O trabalho criativo sobre a linguagem realizado pelo autor demonstra as diferentes possibilidades na utilização do idioma, sobretudo para os jovens leitores.
Neste pequeno romance, é questão da “epopéia” das pessoas comuns, sem nenhum heroísmo, pessoas que se movimentam num cenário urbano em um cotidiano sem grandes feitos nem fatos, mas com situações e diálogos inusitados. Algumas crenças e visões de mundo já estão bem presentes no imaginário dos habitantes da cidade, bem assim o comportamento delas decorrentes. Essas crenças dizem respeito à Era de Aquário, à suposta predestinação dos que moram no Planalto Central, as antevisões de
- Bosco, e tem como pano de fundo as fantasmagorias advindas do fato de a cidade ser a capital política do país, com tudo que isso representa.
Estamos diante de um romance ao mesmo tempo lúdico e lúcido, em que o autor brinca com a linguagem.
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